Com 18 anos de vida já sabemos que ele é craque, dono de uma técnica fora do comum e de uma frieza na hora finalização que impressiona pela sua baixa idade. Desde o ano passado no time profissional do Santos, Neymar se firmou nesta temporada conquistando os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, e ainda sendo convocado para a seleção principal. Mas quanto mais ia se afirmando no futebol profissional, mais ia colecionando confusões.
Primeiro foi aquela história dele e outros “meninos” da Vila não quererem entrar em uma casa espírita que abriga crianças carentes em Santos, depois veio a punição que Dorival Junior deu a alguns jogadores (incluindo Neymar) por terem chegado na concentração depois da hora marcada. Ainda teve confusões via Twitter, acusações de jogadores e técnicos adversários dizendo que ele os menosprezavam em campo e por fim essa enorme falta de espírito coletivo que ele demonstrou ontem na vitória contra o Atlético-GO.
Sou do grupo de pessoas quem pensam que craque tem que ser sempre protegido em campo, e que o talento não pode perder nunca para a violência. Neymar é visado durante os noventa minutos, tanto que ele sofre um rodízio de faltas que irrita até o mais santo jogador, mas isso não lhe dá o direito de se achar o dono da razão. Neymar tem deixar que os juízes o proteja, mesmo sabendo que o nível das arbitragens é fraco, e não jogar contra eles, como ele faz quando tenta cavar uma falta. Joga bola moleque e aproveita o talento que Deus lhe deu, tenho certeza que milhões de pessoas queriam ter 0,1% desse seu talento.
A entrevista do técnico Renê Simões sobre o teatro que Neymar fez com o técnico Dorival Junior e com a equipe santista foi dura, mas concordo plenamente com ele. Alguém precisa educá-lo, seja punindo pelo bolso ou o afastando. O futebol brasileiro agradece! (Foto: GloboEsporte.com.br)